Passira, terra do bordado
manual e do milho, vive um grande paradoxo político: de um lado o experiente e
influente político, Severino Silvestre de Albuquerque, prefeito, e do outro a
inexperiente prefeita eleita, Rênya Carla de Medeiros, lésbica assumida. Ambos têm em seu cerne linhas políticas distintas, construídas a partir de
suas ideologias e das influências que receberam ao logo de suas trajetórias
políticas.
Silvestre, empresário bem
sucedido, foi vereador por 5 mandatos antes de ser prefeito , conhece de perto
as necessidades do povo e sempre buscou parcerias nas esferas estaduais e
federais para desenvolver sua cidade. Silvestre traz na essência, a humildade
de quem teve que lutar muito para alcançar seus objetivos. Ele vive a
democracia de forma plena, pois sabe que, enquanto cidadão carece dela para que
exista igualdade social. Em sua vida pública e privada, sempre prezou pelo
respeito e pela honestidade. A pessoa
Silvestre é o político Silvestre, isso é indissociável, pois cada ser, seja
político ou não, carrega em seu interior
as ideologias que constrói ao longo da vida. Com um estilo político de respeito
pela vontade do povo, que em nada se assemelha ao estilo do coronelismo (voto
de cabresto), Silvestre foi derrotado na última eleição municipal, mas isso não
o impediu de continuar trabalhando por Passira, pois como ele mesmo afirma
"Sou prefeito até 31 de dezembro e meu compromisso com o povo não acabou
com a derrota nas urnas".
Rênya,
vereadora de primeiro mandato, segue uma linha política de submissão ao seu
mentor, Miguel Freitas, ex-prefeito. Recentemente, ela assumiu sua
homossexualidade e apresentou sua companheira Karla Torres, e enfatiza: "Minha
vida pessoal não pertence ao povo de Passira" ou seja, ela acredita
que sua vida pessoal, sua formação enquanto
pessoa não influencia sua vida pública. Ficamos apenas nos questionando o
porquê dela não ter assumido sua sexualidade durante a campanha eleitoral, se
agora, prefeita eleita, irá levantar a bandeira LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros)
criando um departamento específico para tratar dos interesses da causa? Na verdade é como já disse: cada ser carrega
em seu interior as ideologias que constrói ao longo da vida.